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Sempre gostei de andar de salto agulha na beira do penhasco,saboreando o perigo
e sentindo o vento borrar minha maquiagem e bagunçar meus cabelos.
Costumava correr na beira ,sabendo que um passo significaria o fim.
Corria com uma garrafa de vodka das mais baratas na mao e um cigarro torto e mal aceso entre os dedos amarelados,cambaleando entre avida e a morte, achando que ali estava a prova que na vida havia algum sentido.
Como cortar para ver o sangue escorrer, como roubar para correr o risco de ser pego, como mentir para driblar os outros, viver a beira do penhasco causava a maior adrenalina.
Eu fui amante fiel so perigo.
Nunca escondi os os gemidos de prazer que me proprocionava nas profundezas dos meus lenços.Era tudo tao excitante, Era tudo tao ilusorio...

Eu olhava pela janela e buscava o nada no horizonte, viajava nas luzes vermelhas dos faróis dos carros e encontrava minha cabeça alhures. Desejava estar em outro lugar, mas se chegasse lá, desejaria voltar. Ficava empacada como uma mula, entre um mundo e outro, nos ermos da galáxia. E para sempre eu me perdia nas imagens fora da janela, que nunca eram boas o suficiente. Que sempre se apagavam, como giz de amarelinha em asfalto.

A vida é diferente dos livros;
Cada fim implica um novo começo e cada começotaz consigo a lição d um velho passado. Eu aprendi,durante a minha jornada,que a única maneira de sobreviver ao inferno é continuar passando por ele.

Mayra Dias

1 simpáticos comentários:

Klinsmann disse...

Achei lindo.

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